quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SINAL VERMELHO: O pior da TV em 2016

2016 foi um ano bem complicado para muitos. Na TV Brasileira não foi diferente. Momento de crise, emissoras tiveram que cortar seus custos e enxugar suas economias. Neste ano, como sempre, muitas coisas surpreenderam como outras decepcionaram. Nessa semana, o blog vai listar alguns dos piores e dos melhores da TV Brasileira esse ano. E esse post será dos piores.

Valendo ressaltar que todos os listados abaixo, foram baseados em minha opinião. Portanto, alguns podem não concordar ou achar que faltam nomes a serem citados. Segue abaixo a lista.

Os Dez Mandamentos - Segunda Temporada


A Record não soube como lidar com o fenômeno que foi "Os Dez Mandamentos" em 2015, e pra variar não soube trabalhar com estratégia. Por conta de tantos esticamentos no ano anterior, eles tiveram que criar uma "segunda temporada" para contar o final da saga de Moisés (Guilherme Winter). A ideia por si só já mostrava o despreparo e o desespero do canal em prolongar o sucesso que a trama conquistou.

Mesmo antes de estreias, a continuação da novela passou por problemas na produção (como venda do Recnov para a Casablanca e atraso nas gravações). E desde que começou, mostrou-se uma trama extremamente incapaz de se estender por 50 capítulos. Sem o núcleo egípcio da primeira temporada que dava movimento e o aspecto de folhetim, "Os Dez Mandamentos - Nova Temporada" focou nos hebreus e em suas historinhas bobas de romance que serviriam melhor na "Malhação", em meio a longas pregações de"como Deus faz coisas incríveis", choros e "Shaloms".

Por ter sido tudo feito às pressas, era nítida a falta de capricho da produção. Cenários visivelmente artificiais, efeitos especiais estranhos, caracterizações mal feitas, além do envelhecimento pavoroso dos personagens. Fora que era totalmente nítido o desânimo do elenco em ter que continuar com aqueles papéis.  A cena final do último capítulo simbolizou toda a patacoada que foi essa ideia. A "luta" entre o "anjo" e o "demônio", que de luta não teve nada pois o "coisa ruim" mal chegava no anjo e já caia. Certamente uma das sequências mais constrangedoras da história da teledramaturgia brasileira.

Gugu abrindo o túmulo de Dercy Gonçalves 


Gugu lançou a segunda temporada do seu programa de auditório (nesse ano apenas nas noites de quarta). E pra variar, alimentando o suspense e a enrolação em algo que não merecia tudo isso. O caixão de Dercy Gonçalves estava em pé (como desejo dela) ou deitado? O programa levantou a "polêmica". Mandou abrir o túmulo onde a comediante estava sepultada, estava deitado. Tal atitude de Gugu e da emissora causou repúdio do público. No palco, Gugu fez questão de dizer que tudo aquilo não passava de uma "homenagem" à Dercy, como se o público fosse pateta e acreditasse nisso (e teve quem acreditou e bateu palmas). Grotesco.

Haja Coração

Como já foi comentado nesse blog. O remake de "Sassaricando" escrito por Daniel Ortiz apostou no romance folhetinesco e no humor pastelão quase infantil. "Haja Coração" foi uma novela de sucesso e alcançou altos índices de audiência. Porém, mostrou-se irregular mesmo apresentando boas surpresas no elenco.Alguns bons núcleos como o de Teodora (Grace Gianoukas) e Fedora (Tatá Werneck) passaram a cansar e a andar em círculos.Além disso, o autor foi acusado nas redes sociais de escrever uma novela "para si mesmo". Ignorando a torcida maior do público para Tancinha (Mariana Ximenes) ficar com Beto (João Baldasserini) para fazer a personagem ficar com Apolo (Malvino Salvador), personagem (e ator) com uma boa rejeição, mas assumidamente o favorito de Ortiz.

Patrícia Abravanel


A apresentadora "filha do dono" Patrícia Abravanel ficou queimada por fazer declarações lamentáveis sobre os LGBTs e ateus no "Programa Silvio Santos". Queria ser polêmica, mostrar opinião, mas falou sem o mínimo de conhecimento dos assuntos. Patrícia não chega a ser uma das melhores apresentadoras do Brasil, muito longe disso. Mas vem ganhando um espaço cada vez maior pelo status que tem (Silvio Santos nem esconde que a filha está na TV por causa dele). Para alguém que tem a pretensão de ser uma grande comunicadora, é necessário uma boa assessoria e principalmente, pensar melhor antes de falar sobre algo.

A Terra Prometida

A atual novela bíblica da Record teve um ótimo início. Um bom rítmo, momentos interessantes e personagens melhor construído. Porém com o passar do tempo, a trama de Renato Modesto começou a insistir nas mesmas características que marcaram negativamente "Os Dez Mandamentos" (e que fizeram da mesma um sucesso, diga-se). Maniqueísmo dos personagens, enrolação nos acontecimentos, além dos longos discursos chorosos dos hebreus falando das coisas que Deus faz. Tudo isso por conta da interferência retrógrada de Christiane Cardoso, filha de Edir Macedo e apresentadora do "The Love School", que tornou-se diretora de dramaturgia.

Está longe de ser um fracasso, mas está mais longe ainda de ser um fenômeno. "A Terra Prometida" deveria mostrar uma evolução maior em comparação à "ODM", apresentando um texto mais bem desenvolvido e menos piegas e mais personagens com complexidade. Atraindo o público que rejeitou a "cafonice" da anterior. Mas optou por cometer os mesmos erros. Não foi à toa que Renato Modesto saiu reclamando.

Parcialidade de Sônia Abrão

Sônia Abrão costuma ser bem sensata  nas suas críticas televisivas. Porém, no comando do "A Tarde é Sua" neste ano, a apresentadora ficou marcada por suas declarações tendenciosas. Fez no programa uma torcida descarada para Simony no "Power Couple Brasil", e dizia que não estava fazendo. Na "Roda da Fofoca" ela diz que o programa é um espaço para opiniões e pontos de vista diferentes, mas soltava os cachorros quando algum convidado discordava dela. Além disso, fez duras críticas à Xuxa, dizendo que ela era rancorosa e mimada, mas não parou de detoná-la.

Sol Nascente

Suceder o fenômeno Êta Mundo Bom! e manter os bons índices de audiência era uma missão bem ingrata.   Walther Negrão, ao lado de Suzana Pires e Júlio Fischer trouxeram mais uma novela praiana com lindas paisagens, pescadores e casal protagonista que enfrentam as maldades dos vilões para viverem seu amor puro e verdadeiro.  Pra variar, "Sol Nascente" traz belas imagens e fica devendo em história. A novela traz um enredo morno que não cativa e nem atrai. O casal protagonista Mário (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli) não tem química e não desperta uma grande torcida do público. E para piorar, colocaram o competente Luiz Melo para interpretar um oriental. Eles fizeram os personagens justificar os vários furos da história, sinal que a mesma não estava sendo entendida.

Fofocando

O símbolo máximo das mudanças malucas na programação do SBT ordenadas por Silvio Santos. "Fofocando" criado às pressas para concorrer com Fabíola Reipert na Record., fazendo a emissora ter divergências com a Gazeta por conta das contratações relâmpago. Durante os meses que se passaram, o programa foi praticamente formatado no ar, realizando diversas mudanças no conteúdo e no horário. E nesse mexe e remexe que o programa, já fadado ao fracasso, nunca conseguiu emplacar.

Recentemente o que vimos foi Leão Lobo fingindo que o programa é um sucesso e Mamma Bruschetta visivelmente desanimada e desvalorizada. Enquanto Mara Maravilha e o Homem do Saco só serviram para gerar repercussão com posturas e comentários dignos de vergonha alheia. E assim que o ano virar, o "Fofocando" se tornará um programa matinal gravado com meia hora de duração. Pelo que parece, vai agonizar até sair do ar.

Supermax

A Globo causou uma enorme expectativa e euforia no público ao anunciar "Supermax". Anunciada como uma série inovadora, um projeto nunca antes visto no Brasil. E de certa forma, ela tem a sua inovação e seus méritos. Porém pecou no desenvolvimento e no ritmo falho. Os responsáveis lançaram mão de uma porrada de referências fazendo a história ficar confusa e sem sentido para muitos telespectadores. Tinha vírus mortal, visões sobrenaturais, seita demoniaca... tudo junto e bagunçado. Fora que durante um bom tempo, a série focou em tramas feitas para encher linguiça que quando chegou ao final, tudo foi "jogado". O final alias, cheio de furos e decepcionante foi reprovado pelo público.

Como ponto positivo, apenas a iniciativa da Globo em trazer produtos cada vez mais diferenciados para sua programação. E a torcida que isso aumente cada vez mais.

Domingo Espetacular

O dominical já foi o carro-chefe do jornalismo da Record no passado. Hoje, vive com quadros repetitivos e fracos que não mudam há anos. O "Bicho Curiosos" se resume à vídeos da internet com animais, não há produção, apenas a locução tosca de Paulo Henrique Amorim. Já o "Mitos e Verdades da Alimentação" é o mais irritante. Toda semana é a mesma coisa, longos e tediosos minutos falando sobre comidas com os nutricionistas falando o que devemos ou não comer.

O programa também dá um bom espaço à notícias de celebridades, a maioria delas apenas acompanhadas de locução e imagens de arquivo. E o "Achamos no Brasil" tem como repórter o insuportável Samuquinha, que parece querer aparecer mais que a reportagem (saudades da Renata Alves). Mesmo com tudo isso, tem garantido uma boa audiência, mas é nítido a impressão que a emissora não dá a importância necessária ao jornalístico. Precisa de uma reformulação o quanto antes.

Câmera Record e Repórter em Ação

Outros dois jornalísticos da Record que vem deixando a desejar ultimamente. O "Câmera Record" surgiu para ser equivalente ao "Globo Repórter". Atualmente suas matérias são focadas em celebridades do passado sumidas e/ou que passam dificuldades e em obesos mórbidos. Sempre repetitivo. E o "Repórter em Ação" se resume em reprisar reportagens antigas, o que o "Tudo a Ver" fazia anos atrás. A Record já cuidou bem melhor de seu jornalismo.

Dudu Camargo

Silvio Santos queria causar repercussão na mídia ao promover um garoto de 18 anos de idade para apresentar o telejornal matinal. E conseguiu, mas negativamente. Dudu Camargo foi simplesmente jogado aos leões sem o menor planejamento e responsabilidade. O rapaz até se esforça para cumprir a missão que lhe foi dada, mas ele visivelmente não tem experiência e credibilidade suficiente para comandar um noticiário, substituindo as competentes Joyce Ribeiro e Karyn Bravo. E também não tem maturidade suficiente para lidar com tamanha visibilidade em tão pouco tempo. Praticamente jogaram um holofote em sua cara.

O "Primeiro Impacto" continuou patinando na audiência e ainda perdeu anunciante. O frisson e as dancinhas constrangedoras de Dudu não foram o suficiente para levantar. Inclusive vai sair do ar. Mais uma vez, o SBT com suas SBTices...

Programa Xuxa Meneghel

Mais de um ano se passou e Xuxa ainda não emplacou na Record. Simplesmente porque o programa não tem conteúdo, não tem animação. O cenário é grande e lindo, mas é apático, vazio e sem vida. Xuxa teima em continuar com um projeto que não está dando certo, nem para ela, nem para a emissora. A ideia de migrar para os sábados à tarde era boa se a atração fosse totalmente refeita do zero. Mas isso não vai acontecer, e a loira vai ter que aceitar perder para o Ratinho por um bom tempo.

Domingo Show

Geraldo Luiz adora dizer que seu programa é animado e divertido. Só se for para ele. Toda semana a mesma exploração do choro e sofrimento alheio. Horas de histórias de vida de pessoas que sofreram demais, famosos do passado que passam por alguma dificuldade, além de outras pautas tristes enroladas ao máximo. Tudo isso junto com a prepotência do apresentador que se acha o dono da verdade.

João Kleber Show

O novo programa da RedeTV! tinha a missão de resgatar lado animador que João Kleber sabe fazer bem. Porém, o programa já estreou tosco. Um show de calouros estranho em um cenário cafona e horroroso. Não demorou muito para que JK retornasse o circo dos horrores em que estava acostumado anos atrás e o programa passou a apostas nos barracos bizarros vindos do "Você na TV" e nas pegadinhas esdrúxulas de procedência extremamente duvidosa. Só faltam as sedutoras para completar a festa.

Invasão dos "caça-níqueis" na TV Aberta

Os CallTVs, famosos "caça-níqueis", ficaram relegados à emissoras pequenas durante muitos anos. Neste ano, com a justificativa da crise, eles invadiram a programação da Band e da RedeTV!. "Qual é o Desafio?", "Game Phone", "Master Game" e "Desafio Premiado". Nomes e produtoras diferente, mas o mesmo teatrinho fajuto, com os mesmos discursos de persuasão e chantagem emocional para fazer o telespectador participar do "jogo de azar" proposto por eles e se iludir com o prêmio oferecido. Como dito neste blog, eles continuarão sem qualquer interferência, com equipe e apresentadores tendo que levar o "show" adiante. E com os idealizadores enchendo os bolsos com  a ingenuidade do povo brasileiro.

Treme Treme e Xilindró

O Multishow se esbalda com o sucesso do bobo "Vai Que Cola". De uns tempos pra cá, vem lançando várias sitcoms com o mesmo estilo. E nenhuma dando certo. "Treme Treme" e "Xilindró" foram as apostas da vez. Dois humorísticos com atores gritando e soltando tiradas sem graças a cada dois minutos. Não conseguem causar sequer um riso forçado.

Ridículos

O programa da MTV faz jus ao nome. Uma grande bobagem resumida em vídeos da internet. A performance de Felipe Titto na apresentação é constrangedora e causa vergonha alheia em diversos momentos. Atração descartável.

Esses foram os piores da Televisão em 2016. E novamente reitero que os listados são baseados em minha opinião e ponto vistas. Logo mais, sairá a minha relação dos melhores do ano.
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