Para quem me acompanha no Twitter, anunciei meses atrás que daria um tempo nas atividades deste blog. Era meu desejo retornar aqui o quanto antes, mas a correria do dia-a-dia e os vários projetos que comecei ou dei continuidade esse ano me impediram disso. Pois eis que encontrei uma brecha entre meus afazeres para voltar com o blog. E com o retorno, lanço aqui a coluna "Curto e Grosso", que nada mais é do que comentários e resenhas curtas sobre os acontecimentos televisivos dos últimos dias. Se tudo der certo, lançarei essa coluna toda semana. Então chega de papo e vamos lá.
A Voz do Público
Em "A Força do Querer", Caio (Rodrigo Lombardi) tem se mostrado um personagem muito interessante. Não é de agora que o advogado tem dado várias e merecidas broncas em personagens como Bibi (Juliana Paes) e Silvana (Lília Cabral). Passando longe do estereótipo de mocinho romântico e bobo, Caio, de certa forma, passou a representar o público em seus comentários diretos. Comentários esses, que é praticamente impossível não concordar.
Glória Perez conseguiu dar um personagem bom para Rodrigo Lombardi após o imemorável Theo de "Salve Jorge". E o ator, mostra grande segurança no papel. Importante destacar.
Não vê quem não quer
O fraquíssimo desempenho da equivocada reprise de "Os Dez Mandamentos", que com um mês de exibição ainda gira em torno dos 5 à 7 pontos, mostra um fato nítido pra qualquer um, mas que tem aqueles que não querem acreditar.
Além dos fatos já citados a exaustão que jogam contra a reprise (muito cedo pra reprisar, horário inadequado, etc...), há também o fato de que o telespectador comum já não está mais tão interessado pela "franquia bíblica" da RecordTV como antes. Em 2015, o fator novidade contribuiu muito para o grande sucesso que foi "ODM", mas agora essa novidade já não existe mais. O público em geral já conhece o tipo de história e o tipo de personagem que vai encontrar nesse tipo de novela. Basta ver a inédita "O Rico e Lázaro" e sua repercussão fraca. Que por sinal sucedeu "A Terra Prometida" que também não deixou tantas saudades.
Ao que tudo indica, a reprise parece agradar apenas aos fanáticos mais ferozes pela novela. Fãs que não toleram críticas sobre a novela que tanto idolatram e a colocam no pedestal como a coisa mais fenomenal que já aconteceu no Brasil.
E falando nisso...
Se em 2015, os fãs de "Os Dez Mandamentos" quase tocaram o terror nas redes sociais partindo pro ataque contra qualquer um que falasse um "a" criticando a novela. Eis que em 2017 eles estão de volta, e mais ferozes ainda.
Lá na época da exibição original, o argumento principal para detonar qualquer crítica era o fato da novela estar "vencendo a Globo em audiência". Hoje, o argumento é o sucesso internacional que transforma a trama em algo intocável e impossível de ser criticada.
Mas o pior é ver muitos desses fãs agressivos são adultos (ou aparentam ser), com seus 20, 30 anos de idade, agindo pior que fã adolescente. Constrangedor.
Por outro lado...
Apesar dos equívocos gritantes da nova programação da RecordTV, é um tanto difícil de entender como "Belaventura" tem uma audiência tão baixa. Chegando a marcar menos que as novelas reprisadas na própria emissora.
A novela de Gustavo Reiz cumpre bem a sua proposta de trazer uma trama leve e despretensiosa. Sem intenção de reinventar a roda. É claro que o folhetim tem as suas falhas, e em um aspecto geral se mostra inferior à anterior "Escrava Mãe". Mas está complicado encontrar uma razão plausível para o fracasso.
O bom arroz com feijão
Na próxima sexta-feira (01/09), o "Cozinha Amiga" chega à sua 130º edição na Gazeta. A atração diária que vai ao ar na hora do almoço e que estreou esse ano, tem uma proposta simples e interessante. Não trás nada de novidade, a cada dia, um chef de cozinha diferente trás uma receita nova dentro de um tema.
Uma proposta simples, clichê, e tradicional dentro da própria emissora. Não tinha como dar errado. E o time de chefs são carismáticos e cumprem bem a missão dada.
Mas é bom falar...
Apesar da proposta simpática, seria muito mais interessante se a Gazeta aproveitasse a ideia para trazer algo novo para o horário. Sair da linha "apresentador cozinhando em estúdio colorido" que é algo já visto inclusive em outros programas femininos da emissora. Por que não sair da zona de conforto e do estilo "anos 90" um pouco?
Uma sugestão é que o "Cozinha Amiga" poderia ter o mesmo estilo do "Cozinha Prática" do GNT. Que tem a mesma proposta simples, mas que é gravado em uma cozinha de verdade, e com uma edição muito boa. Traria uma novidade mas sem sair do bom e velho "arroz com feijão". Fica a dica.
Fato
Dias atrás, o jornalista Flávio Ricco comentou em sua coluna no UOL sobre a descarada locação de emissoras de TV Aberta por Igrejas Evangélicas. Nada mais frisou algo que eu mesmo já falava a tempos, inclusive nesse blog.
O excesso de horários comprados na TV, sejam de religiosos, televendas, jogatinas e outros, já está visível e incomoda grande parte do público. Porém a tendência é só piorar. Muitas emissoras de televisão já jogaram a toalha, não querem mais saber de lucrar produzindo conteúdo próprio e gerando empregos. Em vez disso, preferem o caminho fácil, transformando suas concessões em meras locadoras de horário, e o dinheiro para pagar as contas vem da maneira mais simples.
E quanto aos órgãos responsáveis, estes lavaram as mãos há tempos.
Complicado
Nesta semana, o "Dancing Brasil" passou por uma situação inusitada. Duas participantes não puderam se apresentar na última noite. Carla Prata e Aline Rosa tiveram problemas durante os ensaios e correm o risco de serem desclassificadas caso não se recuperarem. Por conta disso, não houve eliminação no último episódio.
Mas não é a primeira vez que isso acontece. Semanas atrás Theo Becker foi desclassificado da competição por não conseguir se recuperar de uma lesão à tempo. Na primeira temporada, dois participantes passaram por esse problema.
Por mais previsíveis e esperados que esses incidentes possam ser, a produção deveria se atentar para esse fato. Não conheço muito sobre dança, mas algo não deveria ser feito para que problemas como esses aconteçam o mínimo possível? Isso acaba tirado um pouco o brilho da competição.
Um toque
O Telecine Play é um serviço muito bom, e o catálogo de filmes é bom extenso. Mas há um problema na reprodução dos filmes. O volume do áudio original dos longas é muito baixo. Comparado com o áudio dublado que tem um bom volume.
O serviço deveria prestar atenção nisso. Afinal, tem muita gente que prefere ver filmes com seu áudio original e intacto, sem qualquer dublagem. E não são poucos.
Há coisas que não mudam
Faltando poucos meses para o fim do ano, já é possível ver algumas notícias saindo em portais (de procedência duvidosa ou não) sobre o fim de contrato de alguns artistas e possível troca de emissora de alguns. As notícias parecem se repetir ano à ano, e o pior, sempre com os mesmos.
Raul Gil, Celso Portiolli, Ronnie Von, Gugu Liberato, e até Marcos Mion estão muito próximos de trocar de emissora. Segundo notícias de sites pequenos que se replicam em outros sites, com informações obtidas de suas "fontes não divulgadas". Claro que acontece de algumas dessas notícias soltas pela internet se concretizarem, mas a maioria delas com o tempo acabam se revelando meros boatos (pra não dizer palpites). E o pior: no ano seguinte as mesmas notícias se repetem. Virou redundância.
Para finalizar
O fato do povo brasileiro ter mais acesso à internet nos dias de hoje não significa nem de longe que o povo saiba como usá-la.
Chega a ser inacreditável como os falsos boatos se disseminam pela rede, principalmente em lugares como Facebook, WhatsApp, e agora também Twitter e YouTube. Notícias rasas, postadas muitas vezes em sites e blogs visivelmente rudimentares e se espalham rapidamente. E o público que deveria por obrigação fazer um filtro e verificar a procedência das notícias, acaba acreditando sem qualquer problema. E o pior, ajuda a espalhar mais ainda.
Isso é muito perigoso. E esse tipo de coisa não se resume às notícias sobre televisão. Em um tempo em que as pessoas parecem acreditar apenas naquilo que lhes forem convenientes, uma simples especulação colocada como notícia pode fazer um estrago enorme.
Então é isso. Espero que esse seja o primeiro de muitos. Até a próxima!
A Voz do Público
Em "A Força do Querer", Caio (Rodrigo Lombardi) tem se mostrado um personagem muito interessante. Não é de agora que o advogado tem dado várias e merecidas broncas em personagens como Bibi (Juliana Paes) e Silvana (Lília Cabral). Passando longe do estereótipo de mocinho romântico e bobo, Caio, de certa forma, passou a representar o público em seus comentários diretos. Comentários esses, que é praticamente impossível não concordar.
Glória Perez conseguiu dar um personagem bom para Rodrigo Lombardi após o imemorável Theo de "Salve Jorge". E o ator, mostra grande segurança no papel. Importante destacar.
Não vê quem não quer
O fraquíssimo desempenho da equivocada reprise de "Os Dez Mandamentos", que com um mês de exibição ainda gira em torno dos 5 à 7 pontos, mostra um fato nítido pra qualquer um, mas que tem aqueles que não querem acreditar.
Além dos fatos já citados a exaustão que jogam contra a reprise (muito cedo pra reprisar, horário inadequado, etc...), há também o fato de que o telespectador comum já não está mais tão interessado pela "franquia bíblica" da RecordTV como antes. Em 2015, o fator novidade contribuiu muito para o grande sucesso que foi "ODM", mas agora essa novidade já não existe mais. O público em geral já conhece o tipo de história e o tipo de personagem que vai encontrar nesse tipo de novela. Basta ver a inédita "O Rico e Lázaro" e sua repercussão fraca. Que por sinal sucedeu "A Terra Prometida" que também não deixou tantas saudades.
Ao que tudo indica, a reprise parece agradar apenas aos fanáticos mais ferozes pela novela. Fãs que não toleram críticas sobre a novela que tanto idolatram e a colocam no pedestal como a coisa mais fenomenal que já aconteceu no Brasil.
E falando nisso...
Se em 2015, os fãs de "Os Dez Mandamentos" quase tocaram o terror nas redes sociais partindo pro ataque contra qualquer um que falasse um "a" criticando a novela. Eis que em 2017 eles estão de volta, e mais ferozes ainda.
Lá na época da exibição original, o argumento principal para detonar qualquer crítica era o fato da novela estar "vencendo a Globo em audiência". Hoje, o argumento é o sucesso internacional que transforma a trama em algo intocável e impossível de ser criticada.
Mas o pior é ver muitos desses fãs agressivos são adultos (ou aparentam ser), com seus 20, 30 anos de idade, agindo pior que fã adolescente. Constrangedor.
Por outro lado...
Apesar dos equívocos gritantes da nova programação da RecordTV, é um tanto difícil de entender como "Belaventura" tem uma audiência tão baixa. Chegando a marcar menos que as novelas reprisadas na própria emissora.
A novela de Gustavo Reiz cumpre bem a sua proposta de trazer uma trama leve e despretensiosa. Sem intenção de reinventar a roda. É claro que o folhetim tem as suas falhas, e em um aspecto geral se mostra inferior à anterior "Escrava Mãe". Mas está complicado encontrar uma razão plausível para o fracasso.
O bom arroz com feijão
Na próxima sexta-feira (01/09), o "Cozinha Amiga" chega à sua 130º edição na Gazeta. A atração diária que vai ao ar na hora do almoço e que estreou esse ano, tem uma proposta simples e interessante. Não trás nada de novidade, a cada dia, um chef de cozinha diferente trás uma receita nova dentro de um tema.
Uma proposta simples, clichê, e tradicional dentro da própria emissora. Não tinha como dar errado. E o time de chefs são carismáticos e cumprem bem a missão dada.
Mas é bom falar...
Apesar da proposta simpática, seria muito mais interessante se a Gazeta aproveitasse a ideia para trazer algo novo para o horário. Sair da linha "apresentador cozinhando em estúdio colorido" que é algo já visto inclusive em outros programas femininos da emissora. Por que não sair da zona de conforto e do estilo "anos 90" um pouco?
Uma sugestão é que o "Cozinha Amiga" poderia ter o mesmo estilo do "Cozinha Prática" do GNT. Que tem a mesma proposta simples, mas que é gravado em uma cozinha de verdade, e com uma edição muito boa. Traria uma novidade mas sem sair do bom e velho "arroz com feijão". Fica a dica.
Fato
Dias atrás, o jornalista Flávio Ricco comentou em sua coluna no UOL sobre a descarada locação de emissoras de TV Aberta por Igrejas Evangélicas. Nada mais frisou algo que eu mesmo já falava a tempos, inclusive nesse blog.
O excesso de horários comprados na TV, sejam de religiosos, televendas, jogatinas e outros, já está visível e incomoda grande parte do público. Porém a tendência é só piorar. Muitas emissoras de televisão já jogaram a toalha, não querem mais saber de lucrar produzindo conteúdo próprio e gerando empregos. Em vez disso, preferem o caminho fácil, transformando suas concessões em meras locadoras de horário, e o dinheiro para pagar as contas vem da maneira mais simples.
E quanto aos órgãos responsáveis, estes lavaram as mãos há tempos.
Nesta semana, o "Dancing Brasil" passou por uma situação inusitada. Duas participantes não puderam se apresentar na última noite. Carla Prata e Aline Rosa tiveram problemas durante os ensaios e correm o risco de serem desclassificadas caso não se recuperarem. Por conta disso, não houve eliminação no último episódio.
Mas não é a primeira vez que isso acontece. Semanas atrás Theo Becker foi desclassificado da competição por não conseguir se recuperar de uma lesão à tempo. Na primeira temporada, dois participantes passaram por esse problema.
Por mais previsíveis e esperados que esses incidentes possam ser, a produção deveria se atentar para esse fato. Não conheço muito sobre dança, mas algo não deveria ser feito para que problemas como esses aconteçam o mínimo possível? Isso acaba tirado um pouco o brilho da competição.
Um toque
O Telecine Play é um serviço muito bom, e o catálogo de filmes é bom extenso. Mas há um problema na reprodução dos filmes. O volume do áudio original dos longas é muito baixo. Comparado com o áudio dublado que tem um bom volume.
O serviço deveria prestar atenção nisso. Afinal, tem muita gente que prefere ver filmes com seu áudio original e intacto, sem qualquer dublagem. E não são poucos.
Há coisas que não mudam
Faltando poucos meses para o fim do ano, já é possível ver algumas notícias saindo em portais (de procedência duvidosa ou não) sobre o fim de contrato de alguns artistas e possível troca de emissora de alguns. As notícias parecem se repetir ano à ano, e o pior, sempre com os mesmos.
Raul Gil, Celso Portiolli, Ronnie Von, Gugu Liberato, e até Marcos Mion estão muito próximos de trocar de emissora. Segundo notícias de sites pequenos que se replicam em outros sites, com informações obtidas de suas "fontes não divulgadas". Claro que acontece de algumas dessas notícias soltas pela internet se concretizarem, mas a maioria delas com o tempo acabam se revelando meros boatos (pra não dizer palpites). E o pior: no ano seguinte as mesmas notícias se repetem. Virou redundância.
Para finalizar
O fato do povo brasileiro ter mais acesso à internet nos dias de hoje não significa nem de longe que o povo saiba como usá-la.
Chega a ser inacreditável como os falsos boatos se disseminam pela rede, principalmente em lugares como Facebook, WhatsApp, e agora também Twitter e YouTube. Notícias rasas, postadas muitas vezes em sites e blogs visivelmente rudimentares e se espalham rapidamente. E o público que deveria por obrigação fazer um filtro e verificar a procedência das notícias, acaba acreditando sem qualquer problema. E o pior, ajuda a espalhar mais ainda.
Isso é muito perigoso. E esse tipo de coisa não se resume às notícias sobre televisão. Em um tempo em que as pessoas parecem acreditar apenas naquilo que lhes forem convenientes, uma simples especulação colocada como notícia pode fazer um estrago enorme.
Então é isso. Espero que esse seja o primeiro de muitos. Até a próxima!